O óbito foi confirmado pela Polícia Penal, que informou que Deise Moura dos Anjos foi encontrada sem sinais vitais durante a conferência matinal
A mulher presa sob acusação de envenenar e matar três membros de uma família em Torres, no Rio Grande do Sul, foi encontrada morta na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba na manhã desta quinta-feira (13). O óbito foi confirmado pela Polícia Penal, que informou que Deise Moura dos Anjos foi encontrada sem sinais vitais durante a conferência matinal.
Segundo a nota oficial, os servidores penitenciários prestaram os primeiros socorros e acionaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU), que constatou o falecimento. As circunstâncias da morte serão investigadas pela Polícia Civil e pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP).
O caso do bolo envenenado que chocou o Rio Grande do Sul
O crime que levou à prisão de Deise ocorreu no dia 23 de dezembro de 2024, quando seis integrantes de uma família foram hospitalizados após consumirem um bolo e apresentarem sintomas graves de intoxicação. Três deles não resistiram: as irmãs Maida Berenice da Silva e Neuza Denize dos Anjos, além da filha de Neuza, Tatiana dos Anjos.
As investigações apontaram que Deise, nora de uma das vítimas, seria a responsável pelo envenenamento. A polícia descobriu que o sogro dela havia falecido meses antes em circunstâncias suspeitas. Após a exumação do corpo, exames periciais confirmaram a presença de arsênio no sangue da vítima – a mesma substância tóxica encontrada no bolo.
Devido à gravidade dos crimes e às suspeitas de tentativas de assassinatos em série, Deise chegou a ser tratada como uma possível “serial killer” pelas autoridades.
Marido e filho também foram vítimas de envenenamento
Além do caso do bolo, o Instituto-Geral de Perícias (IGP) confirmou a presença de arsênio em exames realizados no marido e no filho de 10 anos de Deise. Eles ingeriram a substância tóxica diluída em um suco de manga no início de dezembro, antes do episódio do bolo.
De acordo com as investigações, a bebida teria sido preparada por Deise para o marido, mas a criança também consumiu o líquido por “descuido”. Felizmente, ambos não precisaram de atendimento médico. O marido da suspeita prestou depoimento à polícia, que segue apurando os detalhes do caso.
Investigação em andamento
A morte de Deise dentro da prisão levanta novas questões sobre o caso, que já era marcado por sua complexidade e gravidade. As autoridades prometem apurar as circunstâncias do óbito e continuar investigando os crimes que chocaram a região de Torres e todo o Rio Grande do Sul.
Este caso, que envolve envenenamento, mortes suspeitas e tentativas de assassinato, continua a gerar repercussão e dúvidas, mantendo-se como um dos mais intrigantes e trágicos da história recente do estado.
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