
Briga familiar e disputa milionária: Emicida acusa irmão Fióti de transferência irregular de R$ 6 milhões
O rompimento profissional entre os irmãos Emicida e Fióti, após quase 15 anos de parceria, chocou o mercado musical
Jornal Surreal – Redação
O rompimento profissional entre os irmãos Emicida e Fióti, após quase 15 anos de parceria, chocou o mercado musical. O desentendimento, que antes parecia apenas uma divergência na gestão da Laboratório Fantasma, revelou-se uma disputa judicial envolvendo um suposto desvio de R$ 6 milhões.
Emicida x Fióti: o embate na Justiça
Segundo documentos, Emicida acusa seu irmão de realizar transferências bancárias sem autorização. De acordo com a defesa do rapper, Fióti teria movimentado valores expressivos para uma conta pessoal, sem justificativa legal ou consentimento.
“Lamentavelmente, Leandro (Emicida) foi surpreendido em janeiro de 2025 com a transferência de R$ 1 milhão da empresa Laboratório Fantasma Produções para uma conta em nome de Evandro (Fióti), sem qualquer autorização. Um novo saque no mesmo valor ocorreu em fevereiro de 2025, igualmente sem permissão”, apontam os advogados do cantor.
Após investigar as movimentações financeiras, foram descobertas transações anteriores, realizadas entre junho e julho de 2024, que somam mais R$ 4 milhões. Diante da situação, Emicida solicitou o bloqueio imediato do acesso de Fióti às contas empresariais.
“Esses saques representam não apenas uma grave quebra de confiança, mas também colocam em risco o patrimônio da sociedade”, destaca o documento da defesa de Emicida.
O que diz Fióti? Defesa alega ‘adiantamento de lucro’
A defesa de Fióti refuta as acusações e sustenta que os valores retirados foram parte de um “adiantamento de lucro”, conforme acordado entre as partes. Em sua argumentação, os advogados anexaram um e-mail corporativo de janeiro de 2025, no qual haveria um entendimento sobre a distribuição de R$ 2 milhões para cada um dos irmãos.
“As planilhas anexadas demonstram que Leandro, como artista e sócio, foi beneficiário de valores significativamente superiores aos recebidos por Evandro. Em contrapartida, Evandro recebeu montantes compatíveis com sua posição de gestor, dentro dos parâmetros acordados”, afirma a defesa do empresário.
O advogado de Emicida, no entanto, contesta essa versão e argumenta que a maior fatia dos lucros pertence ao rapper, uma vez que ele detém 90% da empresa, enquanto Fióti possui apenas 10%. Além disso, a Laboratório Fantasma administra o faturamento de Emicida como artista, justificando a disparidade nos repasses.
Impacto no mercado e futuro da Laboratório Fantasma
A disputa entre os irmãos levanta questionamentos sobre o futuro da Laboratório Fantasma, uma das principais referências no cenário musical independente. Com um catálogo que inclui artistas como Drik Barbosa e Rael, a empresa se consolidou como um selo de destaque, mas agora enfrenta um dos momentos mais turbulentos de sua história.
O desfecho da batalha judicial entre Emicida e Fióti ainda é incerto, mas uma coisa é clara: o rompimento vai muito além do âmbito profissional e revela feridas profundas em uma relação familiar até então admirada pelo público. O caso segue em tramitação no Tribunal de Justiça de São Paulo.
Foto: Reprodução/Instagram