Mari Palma desabafa: “Meu trabalho é público, meu corpo não”

Mari Palma

A jornalista Mari Palma, conhecida por seu trabalho na CNN Brasil, usou as redes sociais para compartilhar um episódio desconfortável que viveu no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. Um homem a abordou na piscina e, ao reconhecê-la, fez um comentário inesperado sobre sua aparência: “Nossa, na televisão você é mais magrinha.”

Abordagem inesperada

Mari relatou que, inicialmente, pensou que o homem fosse elogiar seu trabalho, como costuma acontecer. “Do nada, chegou um cara perto de mim e perguntou: ‘você é a Mari?’. E respondi como sempre faço, com um sorriso, esperando que ele fosse falar algo sobre meu trabalho, sei lá: ‘admiro seu trabalho, te acompanho’, como acontece muito. Aí falei: ‘sim, sou eu’. Ele olhou para mim na piscina, sentada, de biquíni e falou: ‘nossa, na televisão, você parece muito mais magrinha’. E saiu”, contou.

Reflexão sobre padrões estéticos

Diante da situação, Mari confessou que ficou sem reação e demorou para processar o comentário. “Fiquei totalmente sem reação. Tenho essa característica, acho que demorou para processar essas coisas porque, na minha cabeça, aquilo foi tão inesperado e tão absurdo que custei a acreditar que tinha sido aquele o comentário dele, o único comentário dele. Não falou em nenhum momento sobre o meu trabalho, ele só olhou para mim e falou sobre o meu corpo de biquíni na frente dele (…). O meu trabalho é público, o meu corpo não“, destacou.

Pedido por mais respeito

A apresentadora também aproveitou para refletir sobre como certas falas podem afetar as pessoas. “Um comentário que na sua cabeça parece um elogio, pode despertar uma dor na outra pessoa. Despertou em mim, por exemplo. Sempre fui uma pessoa grande, tenho coxa grossa, braço forte, tenho peito e bunda”, afirmou.

Mari ainda relembrou a pressão estética no meio televisivo e como sempre se sentiu deslocada por não se encaixar no padrão magro. “Sempre me achei grande para o meu trabalho, para o mercado que sempre valorizou o muito magro e pequeno. Ele falar isso despertou uma dor em mim e fiquei muito irritada (…). Quis dividir isso justamente para dizer que a gente não pode aceitar isso…”, concluiu.

O relato da jornalista reforça a necessidade de mais respeito e empatia, especialmente quando se trata de comentários sobre o corpo alheio.

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